Título: Desagregação do sistema escravista no Maranhão (1850-1888)
Autora: Jalila Ayoub Jorge Ribeiro
Ano: 2024 - 2ª ed.
ISBN: 978-65-984471-0-6
Categoria: Pesquisa - Escravidão - Maranhão - História
Edição: Aquivo Público do Estado do Maranhão
15 X 22 cm. 342 g. 202 páginas.
 
 
 
Sobre o livro: 
 
       Jalila e seu mergulho na escravatura maranhense Tenho a alegria de dizer que a Profa, Jalila teve a gentileza de submeter seu pre-cioso e instrutivo trabalho à minha apreciação, quando sua pesquisa se preparava para a reta final de aprovação. Li e reli o protótipo do relatório. Imediatamente me senti fascinado pelo texto e contexto elaborados.
 
É dissertação que honra a historiografia maranhense!
 
São poucos os trabalhos que possuímos sobre o negro maranhense, aliás lan ces heroicos de um Dr. Olavo Correia Lima, de um Mário Meireles e outros que, abnegadamente, se tém debruçado para o resgate do negro timbira. O estudo, ora apresentado a público, possui três méritos: é um discurso dialeta e ideologicamente equilibrado, sem concessões a modismo e lemas baratos; caracteriza-se por uma erudição atualizada e diáfana, com segura e farta bibliografia cientifica; e resgata uma estética científica que torna os fatos históricos, sociais e antropológicos agra-dáveis de serem lidos.
 
Mergulhando nos meandros dos arquivos cartoriais, pôde Jalila elaborar e tran-çar seu constructo dissertativo, naqueles fundamentos basilares que revelam os lances e peripècias dos fenômenos sociais, no caso em tela a debacle económico--financeira do Maranhão escravagista. E, muito à vontade, a autora vai enfocando as fases do algodão, da cana-de-açúcar, da rizicultura, da pecuária etc., revelando, de maneira notável, os ups and downs do Estado do Maranhão, mormente a força de trabalho negra, os atos governamentais, a crise dos fazendeiros e empresários escravagistas e, por fim, as lutas abolicionistas. É uma leitura altamente instrutiva, enriquecida pela graça estilistica da autora, suavizando as asperezas dos quadros estatisticos, das citações referenciais, das notas de pé de página etc.
 
Tinha um receio (felizmente desfeito): a demora na publicação do trabalho, o que, sem dúvida, o faria comprometer-se numa defasagem ou mesmo na perda do pioneirismo do estudo.
 
Congratulo-me, portanto, com a autora pelo brilhantismo da pesquisa, pelo es-forço em revelar as riquezas do Maranhão histórico/historiográfico e pelo seu brio-so comprometimento com a memória cultural da nossa gente.
 
Prof. Ramiro C. Azevedo